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Mulheres do Gau | Institutional Campaign


Este foi um trabalho voluntário para ajudar o grupo "Mulheres do Gau" a melhorar o seu posicionamento nas mídias. 

Enquanto fazíamos a pesquisa para decidir melhor como elaborar o projeto percebemos a triste realidade das mulheres da região que sofrem muito com violência e desigualdades.

Esse é um daqueles trabalhos que eu fiz com o coração cheio d'água, por que não tem como fazer um trabalho desse e não sentir uma espécie de revolta por tudo que elas sofrem.

Mulheres do Gau são mulheres guerreiras, lutadoras, que encontraram um meio de se manter através do trabalho com a terra. Essas Mulheres têm todo o meu respeito e admiração, assim como todas as Mulheres que hora ou outra sofrerá com a violência masculina.

Apesar de tudo isso eu ainda acredito em um futuro melhor.
Acredito que as coisas estão se alinhando e que o mundo já foi muito pior do que é hoje. Isso é bom! Estamos avançando, mas é importante não esquecer que ainda existe violência e ainda existe desigualdade. É uma luta sem fim que, acredito, devesse lutar até que da garganta saia o último fôlego de vida.




Durante todo o processo da coleta do Briefing, elas nos falavam da necessidade de um banner para se apresentar nos eventos em que participavam. Nós nos juntamos e demos para elas de presente.

Às vezes pequenos gestos de afeto, são tudo o que precisamos.​​​​​​​

Enquanto escrevia o texto do vídeo a seguir, me perguntava se deveria ser eu a pessoa certa a fazer.

Sou homem, branco e nunca vivi esse tipo de pobreza, mas graças a minha família, sempre fomos ativos no meio social. Era com frequência que via meus pais fazendo doações e visitando famílias em situação de extrema pobreza. Eu era pequeno e ficava quieto observando eles conversarem e sentindo meu coração apertado por como viviam. É aquele momento da infância que você descobre a pobreza extrema do país e isso te muda. Eu não sei se era a pessoa certa a escrever, mas naquele momento eu era o que tinham. 

Escrevi o texto logo depois de uma análise demográfica que demonstrou que a média salarial da região para homens era de R$ 500 e para mulheres de R$ 400. Isso me deixou indignado e quando tirei os olhos do computador eu já tinha o texto na mente. Escrevi tão rápido quanto pude e tirando um ou outro erro de ortografia, todos gostaram, mas não poderia ser eu a protagonizar essa narrativa, então pedi para uma amiga fazer a narração.

No geral foi um trabalho em grupo e me sinto muito feliz por ter trabalhado com as pessoas que trabalhei e ter ajudado essa ONG.

A todos os meus mais profundos agradecimentos.​​​​​​​



Esse trabalho não poderia ter sido possível sem a indispensável ajuda de Liliane Cascardo, Thayná Sousa, Carlos Henrique e Letycia Carvalho à vocês o meu mais sincero carinho e agradecimento.

Novamente,
Obrigado!

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